Opinião

Parceria entre gigante chinesa e Rumo ALL pode trazer investimentos ao transporte de carga no Estado


Foto: Fernando Ramos, 23/11/2013

Não é de hoje que há queixas e preocupação sobre a subutilização da malha ferroviária no país e também no Estado, que perdeu espaço para as rodovias e gera um custo maior para transporte de grãos e cargas. A chamada Malha Sul, administrada pela Rumo ALL, teve uma redução significativa de cargas transportadas de 2006 para 2017.

A boa notícia é que existe uma perspectiva de retomada dos investimentos na ferrovia, nos três estados da Malha Sul. Segundo reportagem desta segunda-feira de O Estado de S.Paulo, a gigante chinesa China Communications Constrution Company (CCCC) pretende entrar como sócia da Rumo ALL para investir R$ 2 bilhões na ferrovia. De acordo com o jornal, especialistas avaliam que a Malha Sul necessita de investimentos de peso para conseguir melhorar suas condições de operação e também a produtividade.

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As tratativas da Rumo ALL, segundo o Estadão, seriam com a CCCC e outras duas empresas asiáticas. O objetivo seria conseguir um sócio minoritário para obter recursos para investir na malha e convencer a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a renovar o contrato da Malha Sul por mais 30 anos. Difícil saber o que vai acontecer, mas tomara que sejam feitos mesmos investimentos pesados e melhorias na malha ferroviária, pois é inaceitável a ferrovia estar tão subutilizada.

A chinesa CCCC já está presente no Brasil. Ela comprou a construtora Concremat Engenharia, que tem atuação em vários Estados, inclusive com filial em Porto Alegre, é sócia do porto de São Luís, no Maranhão, e está comprando o Terminal Graneleiro de Babitonga (SC). O investimento na Rumo ALL seria o quarto passo da empresa no Brasil.

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O investimento na ferrovia é fundamental para melhorar a logística e reduzir os custos de fretes. Até grandes cooperativas da região, que enviam toda sua produção para Rio Grande, não têm vagões da Rumo ALL disponíveis, pois faltam vagões. É algo inacreditável,mas essa é a realidade do Brasil. Isso obriga as cooperativas a contratar centenas de caminhões, que lotam rodovias, danificando o asfalto e aumentando o número de acidentes e mortes. Se não há vagões para grandes cooperativas, imagine então para empresas menores e cidades menores, onde os trens nem passam mais. Isso é algo inconcebível num país continental como o nosso.

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